quinta-feira, novembro 30, 2006

valha-me o céu.

B Berenika

andei para ali como animal abandonado nas férias em estrada erma.

não conseguia imaginar um pirralho ranhoso ou não a agarrar-me as calças e a dizer aos berros - ó pai! - é que nem morto!

tinha de haver uma saída. fui até à minha terra. sem avisar ninguém. acreditem ou não, faziam-me falta as saias da minha mãe. não seria uma doçura de gente mas tinha sempre solução para tudo.

bem, a última tinha sido dar de sola mas eu também andava a pedi-las há uns tempos e ela tinha o direito à vida dela.


Bartek Bojes

a aldeia que já era vila, soube-me a gemada com cerveja. coisa que eu adorava quando o frio apertava por aquelas bandas.

- o raio do castelo as fêmeas e os ténis vão-me sair caros. ai vão vão...

nada de mãe. é de imaginar. voltei para casa tão neura como saíra. ou pior. os conhecidos disseram em que cidade ela vivia agora mas, sem dizer nada à mulherada e áquelas horas, não tive outra saída. acastelei-me.

comprei uma garrafa de Macieira. na bendita pensão onde gastara o primeiro ordenado.

fui para o meu quarto prová-la até lhe ver o fundo.

só que nunca era eu dono de mim, naquele espaço. entra-me a independente pela porta. o que lhe ouvi deu-me vontade de engolir não a aguardente mas o gargalo e tudo:

- nunca te falei do que fazemos. nem é caso para isso. normalmente. hoje e só de passagem penso que mereces. vou ter um filho e o escultor és tu.

saiu. eu dei um salto tal que bati com a cabeça no tecto. literalmente. continuei a saltar e a bater até cair na cama. atordoado e com a tola num bolo.

- merda! isto só pode acontecer por maldição!


M Karez

era das quatro a de quem mais gostava. e chamou-me escultor...
até eu sou capaz de sentimentos. comoveu-me a expressão.

mas comovido ou não, ser pai de dois em duas deu-me a volta ao miolo.

tinha de encontrar a minha mãe.

- ó mãe! olhe elas!

dei eu em gritar. e se era tarde já!

Comments:
Caro Amigue Saltimbanque muchas gracias por su visita.... e cá me vou mas antes dexo os meus parabeins pela sua escrita
 
(este deve pensar que está a comentar as senhoras da net e eu caio no elogio! ahahahahha)

Abraço, Caminhos. Nã te percas. ;)
 
O poder de síntese da consciência, motivado por uma "garrafa de macieira", marca o nível mental, constituindo o que «Janet» chamou a " tensão psíquica. A sorte, por vezes são as "saias da mãe"...outras é mesmo o acaso...

PS: Obrigado pelo comentário. Bom fim de semana.
Paulo
 
Que pedacinho tão bom... fica a apetecer mais!

adc

http://poemasdesarrumados.blogspot.com
 
"ó mãe, aquelas moças lixaram-me!!"

(versão diferente de uma música que não me lembro o nome)

ehehehhe

o comentário à história que realmente quero fazer:
- Tal pai, tal filho.

e mais gargalhadas dei

(ainda estou para ver como te livras do mulherio na história, espero que tenhas feito o esqueleto da mesma...)

eheheheheh

boa noite!
 
sal


isso é que é competência!

ou será mardição em dose dupla?

hehehehehehhehehehehehehheheh

um abraço

della
 
Uma dose dupla para começar...não está nada mal!
 
eheheheheheheheh

assalta banques ... prepara o lastro porque o resto ainda está para rir ou vir ou parir ,se for o caso
,porque
quanto mais assanhado ,mais a história engorda

.

muito bem engendrada a tramóia e parabéns pelo salto positivo que deste à história!!!!!!!!


bêjes
 
E vão dois.
Não há banco que aguente tanto salto.
Quem seme(n)eia colhe.
Vai comprando oura garrafita. Ainda não tens mota mas arranja um capacete que o tecto não perdoa.

Sei que sou mau mas a tua desgraçada vida diverte-me imenso.

Um abração
 
Amigue Saltimbanque atão vomecei tava assanhade comigue monde quei?
Atei o amigue Berbere se ri.
Tabeim é logo os tramo, já na provam o meu thé que trouce da viage

Abraces
 
Sal

hoje a meia-noite acontecerá o lançamento do Tabaris. Um espaço que construi para falar um pouco da cultura do meu lugar.
Você é minha convidado.
http://otabaris.blogspot.com


Um beijo
Emília Della-porther
 
ó mãe ,digo eu!
atão tu não tens vergonha d'andares a assentar em banques que nã deves?

eheheheheeheh
eheehheehheeh

( não resisto à dupla gargalhada )
 
Mas sará que ele foi a Marrocos e troxe Hortelã de lá?

Caminhos, hortelã e uma passinha... era cá uma noitada! ahahahhahaah

Della não sei se posso mas parabéns! Obrigado.

Al-Jib , minha Senhora atrevida, nã se cure não! e nã se cuide... ahahahha

----------------

Aos ajuizados comentadores um muito obrigado.

Beijos e abraços.
 
Então e o preservativozinho, hein?? Não existia, é? Agora queixa-te à mãe... :)**
 
Um abraçe grande ó amigue Saltimbanque e trouxe ortalã e passinhas prá noitada
 
Parabéns pelo texto:)
eh eh eh

Um forte abraço.
 
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