segunda-feira, outubro 30, 2006
o trabalho
Volokin
limpinho já. fui levado pelo velho, à zona nobre do castelo. primeiro encontro com o camafeu.
encontro à distância e ainda bem. é que se lhe vissem o tamanho temeriam como eu, um encontrão com ela.
- vens da parte do meu sobrinho e só por isso deixo cá entrar um rapaz novo.
com que então sou da família e tu nem sabes! - eu a rir cá por dentro. era a minha vingança contra aquela mania de me chamarem rapaz.
- como vens da aldeia começas por limpar a estufa, que foi abandonada quando o meu filho teve a ideia absurda de se mudar para a cidade. de ervas deves saber.
a velha estava a por-me estragado. de ervas entendem carneiros e os burros. lembrei-me dos encontros da véspera e resisti a saltar dali naquele instante.
fui despachado. sua fealdade excelentíssima mal me olhara durante a conversa.
o resto da manhã passei-o na estufa velha.
um belo esconderijo para acabar de dormir.
de salário nem uma palavra! - lembrei-me, antes de cair ferrado com a cabeça sobre uma almofada de hera.
nessa manhã pouco aprendi. valha a verdade. mas ainda tinha todo o resto do dia.
eu tenho sempre de aprender. seja o que for. para isso é que se é novo. ou não será?
Bons sonhos nessa singela almofada de hera
Até outra magia
passei pra lhe deixar um abraço, ainda estou embriagada pela vitória e não consigo ler nada. mas voltarei e, prometo, vou estar atenta.
um grande abraço
della-porther
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