segunda-feira, outubro 30, 2006

não eram três.

Sabine L

foi a maior lição desde a chegada. simples como tudo o que é importante: a quarta mulher era parecida comigo.

olhou-me como eu olhei a outra, a que pulou para o alto e que, parecia já ter passado uma eternidade, me desvirginara na casa da minha mãe.

como eu, tinha ar de já ter perdido tudo no acto de nascer. como eu deixara cair os braços limitando-se a uma revolta feita de silêncios parados. como eu. raios como eu! ali nua, sentada no meu quarto. sobre a minha cama. à minha espera.

- sou margarida.

- pois é.

pode-se ser mais parvo na resposta?

como eu, sem jeito mas a olhar de frente. como eu a tresandar desejo até ao portão de entrada ou de saída. que a mim apetecia era carregar com ela e levá-la dali. comigo. para longe. para sempre.

Christiane Pinnekamp

podem rir a vontade. até eu me riria se não me estivesse a arrepiar todo enquanto conto.

eu ali. garanhão de crina ao vento. a ser o primeiro. pela primeira vez.


Comments:
A primeira vez é sempre especial, mas nem sempre fantástica ou diferente.
A tua foi... irreverente e inesperada! Arrepiante!

Mas sim... eu ri-me ao ler este post... :)

Boa semana!
 
alazão puro sangue árabe!!!!!

ah .assalta bancos ... estamos em família

( à espera )
 
Pois...o fétiche da 1ªvez que queremos ver repetido e repetido.Nada tem de físico, mas de idealizado.
 
não diria garanhão... tal como diz mfc :)

boa tarde
 
sal

adorei a imagem do cavalo...

um abraço

della
 
POis é, e o que se faz com o nosso reflexo? ... Ou era mesmo a alma gémea?
O encontro de almas de vontades ardentes e assustadas para mais uma primeira vez?

Um abraço.
 
Olá Saltimbanbo

"Pela primeira vez... o silêncio foi"rei" - o sol
anunciou - apenas a sua chegada...

Beijinhos

BomFeriado
 
Todas as vezes serão sempre a primeira vez.
Abraço e bom fim de semana.
 
Bravo, what words..., a magnificent idea
 
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