sexta-feira, outubro 13, 2006

a aldeia.

Andrea Morelli

a aldeia onde nasci era pequena e numa encosta. tudo era inclinado excepto o sol que quando se punha era rapidamente e em perpendicular por trás do outro monte.

a minha minha mãe é uma louva-a-deus, por isso tive pai por pouco tempo. coisas da natureza.

a casa tinha uma cozinha e dois quartos de madeira, pequenos.

não havia muitas raparigas. só mulheres feitas. pouca gente nascera quando eu nasci. vim por certo fora do tempo já.

havia na minha casa uma fotografia de uma rapariga com uns cabelos lindos. foi a minha primeira namorada.

sbdm zhu

passava horas encantadas a olhá-la.

um dia a louva-a-deus disse-me assim:

- gostas muito dela , não é filho?

- gosto. namoro-a. quando formos grandes havemos de casar.

- cala-te maldito! isso é pecado! podes lá namorar a tua irmã?

mas eu não tinha irmã. vivia na cabana de madeira sozinho com ela e ela tinha-me a mim como quem não tem ninguém.

aprendi que pecava por amar os cabelos de uma irmã que não tinha.

aprendi a gostar mais de cabelos de raparigas e que era muito doce o sabor do pecado. naquele dia.


Comments:
também lembro do dia em que comecei a gostar de pecar.

beijos em pecado

della
 
ADORO essa aldeia.

Independentemente do sério texto.

(aí até aguentava uma mãe louva-a-deus lololol)

BFS
 
ai não me falem em pecado (que não acredito)

tiram-me do sério (que não acredito)

estou safa que os meus cabelos são curtos :D

mas gostei do que li e vou de de caminho!

boa noite ou boa manhã!
 
Acho que existem poucos locais, onde as palavras me faltam pela intensidade do que leio.
É como admirar uma peça de arte muito bela. Não se diz nada. Admira-se. É isso que eu faço no teu blogue. Leio e sinto.

Um abraço ;)
 
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